Arquivos da categoria ‘Meio ambiente’

Imagem: http://bit.ly/1TuZyT3

A Feira da Agricultura Familiar será realizada todas as quartas-feiras, a partir do dia 8 de junho, das 10h às 18h, no corredor central da Unisinos São Leopoldo, em frente ao IHU (Av. Unisinos, 950 – São Leopoldo, RS – setor B).

Além do espaço de comercialização dos produtos orgânicos, serão realizadas oficinas, seminários e cine-vídeos, oportunizando a informação da comunidade acadêmica, agricultores e comunidade em geral.

A atividade é organizada pelo Instituto Humanitas Unisinos IHU por meio do Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos SinosObservaSinos.

Nos meses de junho e julho, a Feira ocorrerá em caráter experimental, no intuito de verificar a possibilidade de efetivação definitiva do evento. Durante essas semanas, serão colhidas sugestões dos produtores e consumidores, tendo vista a qualificação do projeto. Nesta fase inicial, as atividades contarão com a participação de representantes do Sítio Francisco Klein, Sítio Camila Kauer e do Vulcaniando Sabores, de São Leopoldo, além dos sítios Pé na Terra, Eco Muller e da Associação dos Apicultores da Lomba, de Novo Hamburgo, e do Centro Urbano de Práticas Ambientais, de Portão. O lançamento da Feira da Agricultura Familiar será realizado em agosto deste ano.

A programação completa da Feira na Unisinos será divulgada, em breve, no sítio do Instituto Humanitas UnisinosIHU.

O evento é promovido em parceria com o Programa de Ação Socioeducativa na Comunidade, Banco de Alimentos São Leopoldo e com a Associação Riograndense de Empreendimentos, Assistência Técnica e Extensão Rural de São Leopoldo.

Imagem: http://bit.ly/1pEyTta

IHU Ideias

Seguindo na mesma temática, o IHU realiza no dia 2 de junho o debate Feiras Agroecológicas, que contará com a participação de produtores, consumidores e organizadores das feiras e tem como finalidade promover a discussão entre as partes. A atividade faz parte do IHU ideias, evento promovido todas as quintas-feiras pelo IHU, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, das 17h30min às 19h.

Por Fernanda Forner

Acompanhe mais sobre os debates acerca dos alimentos orgânicos:

O impacto das atividades humanas no meio ambiente é um dos temas que vem sendo debatido por muitos especialistas. O agronegócio, as poluições do ar, da água e do solo e a superpopulação fazem com que o meio ambiente sofra cada vez mais. Os efeitos desses fatores podem ser percebidos nas alterações das temperaturas, na escassez dos recursos naturais, na decomposição do solo e na degradação da camada de ozônio.

Imagem: acervo IHU

Para debater os impactos destas alterações climáticas na região do Vale do Rio dos Sinos, o Prof. MS Jackson Müller e o Prof. Dr. Uwe Schulz participarão da mesa-redonda A questão ambiental no Vale do Rio dos Sinos, que será realizada no dia 25 de abril, na Sala Ignacio Ellacuría e CompanheirosIHU, das 19h30min às 22h.

Mudanças climáticas e a qualidade da água do Rio dos Sinos

Jackson Müller avalia, em entrevista publicada pela IHU On-Line, como os governos vêm dando conta dessas mudanças. Para o professor, “a administração pública não se preparou para enfrentar os desafios do século XXI”. O biólogo esclarece que os obstáculos postos à gestão pública estão diretamente relacionados à realização de obras de saneamento básico e à falta de consciência social, pois “a população joga o lixo nas drenagens, nos bueiros e nos arroios. O resultado é que essa falta de cuidado retorna na forma de enchentes, perda de patrimônio, doenças e destruição”.

O Prof. Dr. Uwe Schulz explicou, também em entrevista concedida à IHU On-Line, sobre a questão da poluição no Rio dos Sinos, informando que “o principal vilão da má qualidade da água é o esgoto municipal, muito mais do que o esgoto industrial”.

Sobre os palestrantes:

Jackson Müller é biólogo e bioquímico com pós-graduação em Biologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Foi diretor e secretário do Meio Ambiente da Prefeitura de Estância Velha e da Prefeitura de Novo Hamburgo. Atuou como chefe da Divisão de Planejamento e Diagnóstico e como diretor Técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental – FEPAM, e assessor de Meio Ambiente da Federação das Associações de Municípios do RS – FAMURS. Atualmente é professor dos cursos de Ciências Biológicas, Gestão Ambiental e Engenharia Ambiental da Unisinos e dos Cursos de Pós-Graduação em Direito Ambiental da Universidade de Caxias do Sul. É doutorando em Ecologia pela Unisinos, com ênfase em serviços ecossistêmicos.

Uwe Horst Schulz é graduado em Biologia pela Universität Bielefeld (Alemanha), onde fez o doutorado na mesma área. Desde 1996 é professor na Universidade do Vale do Rio dos Sinos. É autor do livro Programa permanente de Educação ambiental da Bacia Sinos: Etapa Formação de multiplicadores, Projeto Dourado (São Leopoldo: OIKOS, 2008).

O evento faz parte do Ciclo de atividades. O cuidado de nossa Casa Comum, que segue com suas atividades até dia 3 maio de 2016. Veja a programação completa aqui.

 

Confira a cobertura das atividades já realizadas:

Acompanhe também as coberturas dos eventos, ao vivo pelo Twitter do IHU, por meio da #eventosIHU.

Por Fernanda Forner

Pala ler mais…

Foto: Cristina Guerini Link

Como alimentar 9 bilhões de pessoas até 2050?

Esta pergunta foi de grande importância para as estudantes Adriana MartelliAndreza LivramentoBruna PedrosoElisiane Wolf. Elas fazem parte da equipe Other Food, convidadas, em fevereiro deste ano, a participar do Thought for Food Global Summit, na cidade de Lisboa, Portugal.

Thought for Food (TFF) é um movimento internacional que anualmente promove um desafio acadêmico na busca da resposta de uma questão: “Como alimentar nove bilhões de pessoas até 2050?”. O desafio estava formado por duas etapas: na primeira, as equipes deveriam apresentar ideias inovadoras sobre o tema; na segunda, 10 equipes escolhidas mostraram seus projetos para a comissão e três delas levaram o prêmio.

Other Food não ficou entre as vencedoras, mas a oportunidade estava só começando. Elas foram convidadas pelo TFF a participar da Conferência Internacional, e a partir daí o projeto não parou mais.

As estudantes participaram do Seminário do IHU ,promovido pelo instituto ao longo desta semana, onde apresentaram o projeto e trouxeram alguns alimentos para os colegas degustarem, como pizza e pão feitos com ora-pro-nóbis, panqueca capuchinha e chás de hibisco, morango e limão-siciliano.

Foto: Cristina Guerini Link

O Movimento Other Food possui como meta promover a erradicação da fome através da popularização das PANCs – Plantas Alimentícias Não Convencionais. A inserção de tais alimentos no cardápio da população gera, além de uma alimentação saudável, fonte de renda para famílias envolvidas no projeto.

PANCS são plantas que crescem de maneira espontânea e, no entanto, seu potencial alimentício é desconhecido por grande parte da população. Habitualmente chamadas de “daninhas” ou silvestres, possuem grande importância nutricional e ecológica. As diversas espécies podem ser utilizadas para complementação e diversificação alimentar dos indivíduos.

A equipe acredita que a fome não se constitui apenas pela falta de alimentos, mas também pelo consumo exagerado de refeições pobres em nutrientes. Para evitar esse tipo de consumo, e visando à segurança alimentar e nutricional, o Other Food propõe às populações urbanas e periféricas o cultivo de alimentos orgânicos e regionais, aproveitando áreas inutilizadas das cidades.

A organização é composta por estudantes e parceiros de diferentes áreas, que se reúnem para debater e planejar ações do movimento. A ideia é criar uma rede de pessoas mobilizadas, que contribuam com suas habilidades e conhecimentos em prol da estruturação e desenvolvimento do projeto.

Foto: Cristina Guerini Link

Cofundadoras do movimento:
Adriana Martelli: é estudante do curso de Comércio Exterior da Unisinos.

Andreza Livramento: é estudante do curso de Biologia da Unisinos.

Bruna Pedroso: é estudante formanda do curso de Nutrição da Unisinos.

Elisiane Wolf: é estudante do curso de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Contato:
E-mail: otherfood@gmail.com
Facebook: movimentootherfood

 

Por Fernanda Forner

Dia Mundial Sem Carro

Em 21 setembro, 2014 Comentar

Ao mesmo tempo em que mais rodoviais são criadas ou expandidas através de planos do Governo, o congestionamento nas grandes cidades atinge um número cada vez maior de pessoas. Mesmo assim, o número de carros continua a aumentar, sendo que em 2013, a frota de automóveis no Brasil ultrapassou o número de 44 milhões.

“A frota nacional de veículos cresceu mais de 100% em uma década, quer dizer, é um crescimento em progressão geométrica e as artérias das cidades não crescem na mesma proporção. Não existe mais hora do rush e isso significa perda de mobilidade” – afirma o jornalista André Trigueiro em entrevista ao IHU On-Line.

Não é apenas a mobilidade que é afetada pela quantidade de automóveis. Segundo o Observatório do Clima, o setor de transporte teve um aumento de 143% de emissões de gases do efeito estufa, sendo considerado um dos maiores emissores no Brasil. A situação é a mesma no mundo inteiro. Conforme a análise feita pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC)  mostra que as emissões do setor continuarão a aumentar caso nada seja feito, de forma que em 2050 ela poderá superar todas as outras fontes.

Foi com o objetivo de refletir sobre a utilização do transporte individual que é celebrado no dia 22 de setembro o Dia Mundial Sem Carro, criado na França, em 1998. Este dia também serve para incentivar o uso de outras formas de locomoção, como o ônibus, o metrô, a bicicleta e outras alternativas sustentáveis.

“De um lado, se puder, deixe o carro em casa neste dia. Por outro, trabalhe firmemente para mudar o processo decisório político para que as decisões sobre os transportes sejam em função dos interesses da cidade e não das montadoras e outros empresários” – comenta Ladislau Dowbor, professor da PUC-SP, em entrevista ao IHU On-Line.

Os temas deste dia já foram pauta nas publicações do Instituto Humanitas Unisinos.

No 4º ano da Revista IHU On-Line o tema foi capa em duas edições: na 106ª, que teve como título “O automóvel. Senhor das Cidades. Sedução, mobilidade e individualismo” e na 116ª,  Na cidade sem meu carro”.

Outras edições da Revista trouxeram entrevistas sobre formas alternativas de locomoção, como a entrevista com uma das fundadoras da Graines de Changement, Elisabeth Laville,  intitulada Empresas verdes são possíveis?,  e com o diretor do Laboratório de Políticas Públicas e Sociais – LAPPUSMarcelo Sgarbossa, “Sou mais feliz quando estou de bici”.

A questão da mobilidade urbana no Brasil e do evento geraram uma série de entrevistas publicadas no portal do IHU:

Agente laranja, um dos inimigos daqueles que lutam pelo direito de produtos que não sejam produzidos com ingredientes geneticamente modificados; sementes transgênicas, modificadas para resistirem aos herbicidas prejudiciais; falta de informação nos rótulos de alimentos, que os identifiquem como transgênicos ou não. Esses três problemas, que vieram sendo o tema de diversos protestos pelos Estados Unidos nos últimos anos, acabam convergindo para um nome em comum: Monsanto.

A Monsanto, maior produtora de sementes do mundo e que, desde 1997, intitula-se uma empresa de agricultura sustentável, conquistou o que quase nenhuma da área conseguiu: a repulsa do público em geral e do consumidor, em todos os cantos do planeta. O papel essencialmente negativo dessa organização é detalhado em 109 minutos, no documentário “O mundo segundo a Monsanto”, que será exibido durante o Ciclo de Filmes – Clima e Sustentabilidade, no Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

Produzido pela diretora e jornalista francesa Marie-Monique Robin, o longa expõe o papel da Monsanto como produtora de algumas das toxinas responsáveis por doenças como câncer e demência, e a facilidade como encobertam os problemas e efeitos colaterais que acontecem a partir do contato e/ou uso continuo de seus produtos. Marie Robin traça assim toda a história da principal fabricante de organismos geneticamente modificados (OGM), cujos grãos de soja, milho e algodão proliferam pelo mundo, apesar dos alertas de vários ambientalistas.

Durante o documentário, também é abordado os perigos do crescimento exponencial das plantações de transgênicos, que em 2007, cobriam 100 milhões de hectares, com propriedades genéticas patenteadas em 90% pela Monsanto. Inclusive, ela conta que, por meio de uma política de fatos consumados, as autoridades do Brasil e do Paraguai foram obrigadas a legalizar centenas desses hectares plantados com grãos contrabandeados, uma legalização que, obviamente, favoreceu a empresa em questão, que assim pôde cobrar os royalties por seus produtos.

Em réplica ao filme, o portal brasileiro da Monsanto em seguida publicou um post intitulado “documentário francês tenta denegrir imagem da Monsanto”, esclarecendo sua situação em relação ao filme (citando claramente que faz isso apenas “em respeito aos seus funcionários e stakeholders”), afirmando que o documentário em questão foi realizado por aqueles que fazem parte de um esquema, cujo objetivo é desacreditar a biotecnologia agrícola e aqueles envolvidos com o seu desenvolvimento. Deixa claro que se orgulha de ser um nome líder nessa área e que Marie-Robin tenta confundir o público com sua classificação negativa da empresa. No entanto, a diretora relatou em entrevistas divulgadas na mídia que tentou, em vão, obter respostas da Monsanto para todas as interrogações presentes no filme, mas que a companhia decidiu “não avaliar” seu documentário.

Para interessados em compreender do que se trata os problemas envolvendo essa gigante da biotecnologia, as inscrições para assistir o longa “O mundo segundo a Monsanto” podem ser feitas aqui. O filme será exibido no dia 21 de maio, às 19h30min, como parte do evento Ciclo de Filmes – Clima e Sustentabilidade, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, ambiente parte do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.