Arquivos da categoria ‘IHU’

No último ano o mundo se voltou para a questão das mudanças climáticas, que foi o principal tema da 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP-21, realizada entre os dias 30 de novembro e 11 de dezembro de 2015 em Paris, na França. Com o objetivo de debater este e outros assuntos relacionados ao meio ambiente, o Instituto Humanitas UnisinosIHU promove o Ciclo de atividades. O cuidado de nossa Casa Comum.

Entre as atividades que estão programadas para acontecer, duas serão ministradas, no dia 17 de março, pelo coordenador executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, mestre e doutor em Biologia Tropical e Recursos Naturais.

Rittl, que participou da COP-21, descreveu em entrevista à IHU On-Line, quando ainda estava em Paris, que “há aspectos frágeis, como por exemplo, a falta de uma data, ano ou período objetivo para pico global de emissões de gases de efeito estufa e para eliminação das emissões”.

Foto: http://bit.ly/24n7Uob

Serviço

A palestra 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – COP 21. Avaliação e prospectivas ocorrerá no dia 17 de março, quinta-feira, das 17h30min às 19h. No mesmo dia, às 19h30min, o biólogo Carlos Rittl falará sobre Mudanças climáticas no Brasil e seus impactos sociais e econômicos. As conferências serão realizadas na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.

Confira no sítio do IHU a programação completa das atividades que integram o Ciclo de atividades. O cuidado de nossa Casa Comum.

Sobre o palestrante

Carlos Rittl é mestre e doutor em Biologia Tropical e Recursos Naturais. Foi coordenador do Greenpeace Brasil, como coordenador da Campanha de Clima, e do WWF-Brasil, como coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia. Atualmente é coordenador executivo do Observatório do Clima.

Por Fernanda Forner

Para ler mais…

Uma viagem pelo Medium do IHU

Em 18 fevereiro, 2016 Comentar

Desde o final de 2014, o Instituto Humanitas Unisinos IHU publica conteúdos na rede social Medium. Na plataforma, foram postados textos com os temas trabalhados pelo IHU, entre eles, a encíclica do Papa Francisco Laudato Si’ – Sobre o Cuidado da Casa Comum, o Concílio Vaticano II, Alimento, Nutrição e Segurança Alimentar e Metrópoles.

Leia abaixo como acessar o Medium e confira as publicações do Instituto.

O que é o Medium?

O Medium é uma plataforma digital de produção e publicação de conteúdo on-line. Com uma linguagem bastante simples e direta, é possível incorporar no conteúdo textos escritos, imagens, vídeos, infográficos. O Medium é aberto e gratuito podendo ser utilizado por qualquer pessoa conectada à Internet.

Como ele funciona?

É muito simples. Para criar uma conta basta que o internauta se conecte ao Medium via redes sociais – Facebook ou Twitter – ou crie um login. Uma vez conectado ao Medium, basta ir escrevendo e inserindo as imagens ou links de vídeos. Uma vez conectado ao Medium, basta ir escrevendo e inserindo as imagens ou links de vídeos. Concluído o trabalho, basta publicar e pronto! Seu conteúdo fica disponível em sua página pessoal e no feed de pessoas que lhe seguem.

Medium do IHU

O Instituto Humanitas Unisinos – IHU estreou no Medium no final de 2014 com o guia de leitura chamado Sociedades Tecnocientíficas (http://bit.ly/1Tkxjrg), em que retomamos as publicações do IHU de uma maneira não linear, mas relacionando os assuntos abordados ao longo de 2014. Nossos conteúdos no Medium primam pela inter-relação dos diversos conteúdos publicados pelo IHU, das Notícias do Dia e Entrevista do Dia às Publicações – Revista IHU On-Line, Cadernos IHU Ideias, Cadernos IHU, Cadernos Teologia Pública, Cadernos IHU em formação.

Interações

O Medium permite interações com outras contas, em que trechos do texto podem ser selecionados e comentados, bem como as publicações podem ser “respondidas”, em que se pode construir uma nova publicação em resposta a outra já postada.

Como ver outras publicações?

O Medium pode ser divulgado em outras plataformas digitais e em redes sociais, sem que os leitores para isso precisem ter uma conta na plataforma. Para os internautas que têm conta no Medium, pode-se, a exemplo do Twitter, seguir outras contas e acompanhar as histórias no feed de publicações.

Publicações do IHU no Medium:

Alimento e Nutrição
Direitos que garantem a vida
Acesse a versão completa da publicação em
http://bit.ly/1Nqvs40

Metrópole
Territórios, governamento
da vida e o Comum
Acesse a versão completa da publicação em
http://bit.ly/1YI1fRW

Concílio Vaticano II
Um guia de leitura
Acesse a versão completa da publicação em
http://bit.ly/1jyyx68

Laudato Si’
Sobre o cuidado da casa comum
Acesse a versão completa da publicação em
http://bit.ly/1lvPIX4

Sociedades
Tecnocientíficas
Acesse a versão completa da publicação em
http://bit.ly/1LOdPWq

Camilo Torres Restrepo nasceu em 03 de Fevereiro de 1929, em Bogotá, Colômbia. Foi ordenado sacerdote em 1954. Após a ordenação foi estudar Sociologia em Louvain, na Bélgica. Em 1959, retornou a Bogotá e foi nomeado capelão da Universidade Nacional da Colômbia. Foi um dos pioneiros do pensar(ação) a libertação como uma opção preferencial pelos excluídos/pobres, posteriormente toma corpo e se consolida na América Latina. É um labor “importado”, mas dinamizado e enriquecido com os próprios traços latino-americanos. Foi co-fundador da primeira faculdade de Sociologia da Colômbia (1960) e da Frente do Povo Unido (1965), um movimento de inspiração marxista, antes de juntar ao Exército de Libertação Nacional (ELN).

“Um católico, um padre católico,
não pode ser expectador inerte de um sistema social
que nega à maioria a possibilidade de comer, vestir e ter casa […].
Próprio por ser colombiano, católico e padre, não posso não ser revolucionário”.
Camilo Torres

A revolução é uma alternativa para o povo (a maioria exploradora) chegar ao governo e derrubar o predomínio de um grupo (minoria exploradora) que dispõe de todos os instrumentos de poder. Ele buscou em sua vida conciliar marxismo e cristianismo, respondendo assim ao desafio de resistir a uma sociedade colombiana cruel e injusta. O envolvimento com estudantes e movimentos políticos lhe garantiu um bom prestígio e um grande número de seguidores. Não lhe faltaram os detratores, especialmente o governo colombiano e a própria Igreja. Foi repreendido pela hierarquia católica por sua militância politica, motivo pelo qual abandonou o sacerdócio e se vinculou ao Exército de Libertação Nacional (ELN) em 1965.

“Se Jesus tivesse vivo hoje, ele seria um guerrilheiro”
Camilo Torres

Em 15 de fevereiro de 1966, Camilo Torres, o padre guerrilheiro, foi morto em combate com a força pública, em Patio Cemento, Santander. É um mártir-ícone das lutas de libertação do povo. Com ele guerrilheiros e pessoas que nesse continente de Libertação, América Latina, grita com o Deus cantado por Victor Jara: Revolução! É revolução de libertação.

O corpo de Camilo Torres permaneceu em segredo por muito tempo. Em janeiro deste ano, a guerrilha Exército de Libertação Nacional solicitou ao Governo a revelação do local onde o sacerdote foi sepultado. O pedido é reconhecido como um gesto inicial de disposição pela paz entre o governo e a guerrilha (FARC, ELN). A iniciativa de sentar-se a “mesa de negociação”, na busca de um diálogo construtivo, conta com novos passos concretos, que encontram a sua força no valor da memória, e contará com a “mediação” da Igreja local e de Roma.

“Que seu pensamento social e teológico, sua liderança pela unidade,
sua obra e suas cinzas, voltem à memória do povo e da Igreja,
ao patrimônio acumulado para a paz com verdade e justiça social,
com reconciliação e perdão, como base de garantias do nunca mais”

Dom Dario de Jesús Monsalve
Arcebispo de Cali

Música Camilo Torres de Víctor Jara (1969)

Por Jéferson Ferreira Rodrigues

Para ler mais…

Desde o encontro de Jerusalém com o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu, em maio de 2014, Bergolio anunciou uma celebração conjunta entre católicos e ortodoxos do Concílio de Niceia de 325, que 17 séculos atrás expressou a formulação original do credo. Em 1054, oficializa-se o rompimento cismático entre a Igreja Católica de Roma e a Igreja Ortodoxa em Constantinopla. A excomunhão mutua foi motivada por questões politicas-teológicas.

O caminho de aproximação iniciou-se com a Bula de União, no Concílio de Ferrara-Florença (1439), sem muitos resultados reais. Desde o pontificado de João XXII cresce o desejo de proximidade, superar os percalços da historia e inaugurar um novo caminho na reconciliação. Paulo VI com o abraço no Patriarca de Constantinopla visibiliza esse desejo.

O Patriarcado de Moscou permanecia inalcançável. No ano 2000, sob o pontificado de Joao Paulo II, um encontro foi programado, mas não aconteceu. Bento XVI dá continuidade no empenho de um real encontro, mas sem reciprocidade da parte do Patriarcado de Moscou. Francisco insiste no empenho, esperando uma resposta recíproca: “nos veremos quando você quiser, onde quiser, como quiser”.

No dia 12 de fevereiro de 2016, na cidade de Havana, Cuba, acontecerá um momento significativo na história do Cristianismo. Antes de se dirigir a Cidade do México, Papa Francisco, se encontrará com Patriarca Kirill, do Patriarcado de Moscou e de toda a Rússia. Haverá uma conversa pessoal no Aeroporto Internacional José Martí, de Havana, e se encerrará com a assinatura de uma declaração comum. É um encontro histórico: “É importante, acima de tudo, porque é histórico. É a primeira vez que acontece depois de séculos de incompreensões, de lutas, de sangue”, diz Enzo Bianchi, prior da Comunidade de Bose.

O encontro é fruto do ecumenismo concreto de Francisco que se alimenta, sim, de profundidade evangélica, mas que não usa a confiança ao Espírito como álibi para não dar um passo, aqui, na terra. É uma abertura ecumênica que ressonância não apenas nas relações entre católicos e ortodoxos, mas também para o diálogo interno entre ortodoxos condicionado pela sua complexa história.

Na palavra cisma, encontra-se o significado de “dividir os lados”, um dividir que distancia na condenação e excomunhão mútua.

Já na atitude de Francisco e Kirill podemos recorrer a palavra téssera, que “divide os lados” num comprometimento mútuo. É o comprometimento de uma disposição dialgica. É a troca do documento de acusação pela téssera de hospitalidade, onde o partir das partes, não é para romper, mas para com-dividir responsabilidades no cuidado mútuo.

Por Jéferson Ferreira Rodrigues

Para ler mais…

Anualmente, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU, por ocasião da Páscoa, promove uma série de eventos tendo um tema básico.

Este ano o tema é: O cuidado de nossa Casa Comum com o objetivo de discutir sobre crise ambiental, ecologia integral, gestão ambiental, teologia da criação e sobre diferentes iniciativas voltadas para o cuidado do meio ambiente e sustentabilidade.

A programação, que ocorrerá entre os dias 10 de março e 3 de maio, será realizada na Sala Ignacio Ellacuría e CompanheirosIHU (Campus de São Leopoldo da UNISINOS).

Entre os eventos a serem realizados estão: Audições comentadas com a Profa. Dra. Yara Caznok e Demétrio de Freitas Xavier, conferência sobre Mudanças climáticas no Brasil e seus impactos sociais e econômicos com Prof. Dr. Carlos Rittl e exibição e debate do filme O evangelho segundo São Mateus.

Confira aqui a programação completa.

Por Fernanda Forner

Acesse o que o IHU publicou sobre o tema:

Temas debatidos nas edições anteriores:

Assista o vídeo sobre a História da Páscoa:

A História da Páscoa