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No dia 6 de abril, a Unisinos inaugurou os novos laboratórios da Escola de Saúde e também apresentou o I Seminário da Saúde Integrada. O evento teve início durante a tarde e contou com a participação do Dr. Nelson Arns Neumann, Coordenador Nacional Adjunto da Pastoral da Criança. No decorrer da manhã, o médico visitou o Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

Em sua visita ao IHU, o doutor Nelson reforçou a importância da Pastoral no âmbito familiar, que tem como um dos objetivos passar orientações às famílias em relação a doenças infantis, acidentes domésticos, higiene, entre outros. “A partir da ajuda da Pastoral, nós podemos prevenir doenças que essas crianças poderiam desenvolver quando adultas. Essa prevenção inicia durante a gestação e segue até os primeiros anos de vida dos bebês”, destacou.

Além disso, Nelson Arns declarou que a Pastoral está presente em ações que vão desde a visita domiciliar, parcerias com Universidades e atividade de controle social, que visa verificar se os recursos do Governo chegam a quem precisa. “Houve uma melhoria na vida dos brasileiros. No entanto, as pessoas de classe média tiveram uma melhoria maior do que as pessoas de baixa renda. Portanto, os mais pobres ainda precisam dos recursos do Governo, então um dos nossos trabalhos é atuar na gestão de políticas públicas”, salientou.

Pastoral

A Pastoral da Criança começou a se desenvolver em 1983, na cidade de Florestópolis (PR). O trabalho começou aos poucos, a partir da iniciativa da médica sanitarista e pediatra Dra. Zilda Arns Neumann. Hoje em dia, o empenho e dedicação que iniciou há 33 anos em uma pequena paróquia daquela cidade está presente em todas as dioceses brasileiras e em 17 países da África, Ásia e América Latina e Caribe, sendo reconhecida como uma das principais instituições do mundo voltadas ao desenvolvimento infantil.

Quem é Nelson Arns

Atualmente, o médico, além de coordenar e ajudar na questão técnica da Pastoral, buscando parcerias com as universidades, trabalhando com a prevenção de doenças infantis, entre outros, também atua na parte administrativa da Pastoral Internacional, onde trabalha com essas questões em nível mundial.

Nelson Arns Neumann, filho da Dra. Zilda Arns, nasceu em Curitiba, é graduado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (1988), mestre em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas (1997) e doutor em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (2000). Atuou como médico, missionário leigo, na diocese de Bacabal (MA), em 1988 e 1989. Ele é nacional adjunto da Pastoral da Criança e coordenador da Pastoral da Criança Internacional

Zilda Arns Neumann

A doutora Zilda Arns Neumann fundou a Pastoral da Criança em 1983. Ela esteve à frente da coordenação da instituição até 2008, quando foi substituída pela Irmã Vera Lúcia Altoé.

Mesmo sem estar à frente da coordenação da Pastoral, seguiu seus trabalhos humanitários, ajudando crianças do mundo todo. No dia 12 de janeiro de 2010, Zilda estava no Haiti, discursando sobre como salvar vidas com medidas simples, quando morreu tragicamente no terremoto devastou o país.

Por Matheus Freitas

Após o fim da Ditadura Militar, durante 20 meses, foi elaborada a Constituição de 1988. Dentro desse documento, também chamado de Constituição cidadã, foi instituído o Sistema Único de Saúde (SUS). Com o SUS, toda a população brasileira passou a ter acesso, de forma gratuita, à saúde no país.

Imagem: Viomundo

Inspirado em sistemas de saúdes de outros países, como o National Health System (NHS), da Inglaterra, o SUS já fez muito pelo país. O sistema oferece desde consultas simples e vacinação a serviços médicos como transplante de órgãos, cirurgias e tratamento da Aids. Todas essas características fizeram com que o sistema de saúde se tornasse um exemplo em diversos países.

Porém, o SUS ainda passa por muitos problemas: o descaso com hospitais e pacientes, já que alguns pacientes demoram meses para agendar consultas e para serem atendidos, 60% dos gastos de saúde Brasil são com instituições privadas e só 40% é com dinheiro público, embora o setor privado  atenda apenas 25% da população brasileira, entre outros.

Para discutir  essas e outras questões, o médico e mestre em saúde, Paulo Fernando Pizá Teixeira, vem ao Instituto Humanitas UnisinosIHU, no dia 07 de abril, para ministrar a palestra Desigualdades, economia e saúde: o papel do SUS no Brasil. O evento faz parte da programação de 2016 do IHU Ideias e será realizado na Sala Ignacio Ellacuría e CompanheirosIHU, às 17h30.

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Por Matheus Freitas

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Revista IHU On-Line nº 482

A atualidade do pensamento de Georg Friedrich Hegel é, novamente, tema da revista IHU On-Line. Desta vez, a inspiração veio do VIII Congresso Internacional da Sociedade Hegel Brasileira, intitulado Lógica e Metafísica em Hegel, realizado de 28 a 30 de outubro de 2015 na Unisinos. Pesquisadores e pesquisadoras, especialistas no estudo da obra do filósofo alemão, debatem o tema.

O Prof. Dr. Diogo Falcão Ferrer, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal, entende que Hegel realiza as possibilidades últimas da metafísica e a transforma em algo novo. A partir de sua filosofia, pode-se falar, portanto, de uma consumação da metafísica e a iniciação da pós-metafísica.

O saber que se revela na travessia em direção ao outro é a percepção apontada pelo Prof. Dr. Inácio Helfer, do PPG em Filosofia da Unisinos. Em seu ponto de vista, encontrar o saber, segundo Hegel, requer procurá-lo na diversidade.

O Prof. Dr. Paulo Konzen (Universidade Federal de Rondônia – UNIR) aprofunda o pensamento sobre conceitos-chave na filosofia de Hegel, como de Lüge (mentira), Täuschung (ilusão ou engano) e Betrug (fraude ou impostura). Longe de um olhar ligeiro sobre a questão da verdade, Hegel busca questões mais de fundo e os jogos de poder que estão implicados nas práticas discursivas e critica os “déspotas opressores”.

A inspiração de Hegel em Platão e a construção de uma teoria da razão dialética é a temática abordada pelo Prof. Dr. Eduardo Luft (PUCRS). Para ele, a necessidade de beber da fonte das contribuições platônicas deriva dos impasses do próprio pensamento hegeliano.

Segundo José Pinheiro Pertille (UFRGS), para Hegel o desenvolvimento da consciência filosófica está ligado ao ato de refletir dinamicamente. Trata-se de “pensar o pensar”, colocando o discurso em movimento no trato das coisas do mundo.

A metafísica hegeliana se mostra ainda potente na política ocidental, podendo ser vista como arma de defesa para proteger os cidadãos do capital, o operário da instrumentalização do mundo do trabalho, os povos das invasões de outros povos e assim por diante, argumenta o Prof. Dr. Danilo Vaz Curado Ribeiro de Menezes Costa (Universidade Católica de Pernambuco – Unicap).

A metafísica transmutada em lógica é o tema analisado pelo Prof. Dr. Joãosinho Beckenkamp (Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG). Em Hegel, pensar metafísica é se despir de proposições fundamentais que orientam um pensamento sistemático, acrescenta.

“Liberdade, para Hegel, é autodeterminação”, acentua Thadeu Weber, professor na PUCRS. “No entanto, a autonomia dos indivíduos não se define de forma a priori. Ela se efetiva na medida em que expressamos objetivamente nossa vontade livre no exercício efetivo dos direitos e deveres”.

George Wilhelm Friedrich Hegel – Pensamiento politico

Manuel Moreira da Silva, da Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná (Unicentro/PR), em Guarapuava, sustenta que “o projeto hegeliano de unificação da Lógica e da Metafísica consiste numa tentativa de refundação destas ciências no quadro teórico da assim chamada filosofia especulativa pura, isto é, da Lógica especulativa, que Hegel também designa como a verdadeira metafísica”.

Não existe acaso na Lógica hegeliana. “E o acaso real jamais ameaça a necessidade imanente do lógico e do espiritual”, frisa Konrad Utz, da Universidade Federal do Ceará – UFCE. E assevera: “Aquilo que é contingente na natureza e na história é justamente isso que não é determinado pela dialética”.

Jean-François Kervégan, professor de filosofia na Universidade de Paris 1 e membro do Instituto Universitário da França, na Cátedra de Filosofia da normatividade, analisa o caráter sistêmico de Hegel através de sua obra.

Também nesta edição, Marcelo de Araujo, docente na Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ, expõe e reflete sobre as previsões de Kristian Hammond, um dos fundadores da Narrative Science, e de Philip Parker, ‘autor’ de milhares de livros vendidos nas livrarias da Amazon. Segundo ele, se estas se mostrarem corretas, “algumas ideias aparentemente triviais na academia como, por exemplo, “autoria” e “originalidade” terão de ser redefinidas nos próximos anos”.

O professor André Furtado, titular do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, estará no IHU nos próximos dias e adianta o tema de sua conferência. Para ele, a retomada do desenvolvimento econômico no Brasil passa por uma industrialização ambientalmente responsável e socialmente justa.

Enfim, completam esta edição os artigos de Gabriel Adam, professor dos cursos de Relações Internacionais e Direito na Unisinos examinando a última cartada inesperada da Rússia, ao retirar suas tropas da Síria e de Moisés Sbardelotto, intitulado “@Franciscus, o papa no Instagram. Uma breve análise comunicacional”.

Nesta segunda-feira, dia 04 de abril, quando se celebra a memória da vida e morte de Martin Luther King, inspirados pelo seu memorável discurso “I have a dream’, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU assume o desafio proposto pela Agência de Informação Frei Tito para a América Latina e Caribe (Adital) que, “depois de quase dois anos de reflexão”, escolheu “o IHU para dar continuidade” ao importante serviço prestado durante os últimos quase vinte anos.

Além da nota expedida pela Adital aos seus leitores e leitoras, que pode ser lida nesta edição, também publicamos a entrevista com Ermanno Allegri, idealizador e criador da Adital.

Ao IHU cabe redobrar o esforço de corresponder ao sonho expressa na nota: “Acreditamos ter encontrado um caminho para garantir a continuidade de Adital e para dar, ao mesmo tempo, um salto de qualidade em nosso trabalho de comunicação”. Este é também o nosso sonho.

Desejamos a todas e a todos uma boa leitura e uma excelente semana!

Confira as edições da Revista IHU On-Line sobre Georg Friedrich Hegel:

Edições da Revista IHU On-Line sobre Georg Friedrich Hegel

Todas as edições da Revista IHU On-Line estão disponíveis em versões HTML, PDF e para folhar.

Confira todas as edições já publicadas pelo IHU no sítio da revista.

Revistas IHU On-Line

No histórico dia 4 de abril de 2016, data em que se celebra a memória de Martin Luther King Jr. e seu célebre discurso “I have a dream” – em que ele fala sobre o sonho de uma sociedade justa e igualitária – o Instituto Humanitas Unisinos IHU e a Agência de Informação Frei Tito para a América Latina e Caribe (Adital) firmam a incorporação da Agência de Notícias ao sítio do IHU.

O Instituto Humanitas Unisinos IHU assume com entusiasmo e compromisso a missão de dar continuidade ao trabalho realizado pela Adital durante mais de 16 anos. Ao IHU cabe redobrar o esforço de corresponder ao sonho expresso no comunicado feito pela Adital na útlima semana: “Acreditamos ter encontrado um caminho para garantir a continuidade de Adital e para dar, ao mesmo tempo, um salto de qualidade em nosso trabalho de comunicação”. Este é também o nosso sonho.

A Entrevista do Dia desta segunda-feira, 04-04-2016, traz o relato e as reflexões de Ermanno Allegri, idealizador e criador da Adital. Acompanhe diariamente o material publicado nas Notícias do Dia e em Noticias en Español, onde os conteúdos podem ser visualizados.

O envio da newsletter seguirá sendo feito em separado até a publicação do novo site do IHU, que deve ocorrer no começo do segundo semestre de 2016.

Em memória ao dia da morte de Martin Luter King, em 04-04-1968, o IHU preparou uma reportagem sobre o assassinato e a trajetória do líder do movimento negro norte-americano, que pode ser acessada na plataforma Medium.

Há 48 anos, em 4 de abril de 1968, morria assassinado Martin Luther King Jr., pastor protestante, maior ativista político estadunidense, líder dos direitos civis e do movimento negro, defensor do amor ao próximo e da paz. Luther King proclamou um dos discursos mais famosos da história, I Have a dream [Eu tenho um sonho], em 1963.

Foto: huff.to/1M1nVKo

Martin Luther King entrou para a história por conta da sua luta contra a segregação racial e o apartheid norte-americano. Luta que eclodiu no ano de 1963 com uma onda de protestos em todo o país após uma violenta batalha racial em Birmingham, no Estado do Alabama, onde crianças foram feridas e cães policiais foram usados para ferir manifestantes.

 

Foto: bit.ly/1qmKwaP

Entre maio e agosto de 1963, houve 1.340 manifestações em mais de 200 cidades. A principal delas foi convocada na capital do Estado Unidos, Washington, sob o significativo nome “Marcha sobre Washington por Empregos e Liberdade”, que poderia ser a mais violenta das mobilizações, segundo a visão do governo.

Operação de guerra para uma manifestação pacífica

Temendo a disseminação da violência em uma série de confrontos, o presidente à época, John Kennedy, sitiou a capital e montou um maquinário de segurança nunca antes visto fora dos períodos de guerra. O FBI intensificou sua operação de vigilância sobre os movimentos de direitos civis, a polícia de Washington foi mantida em alto estado de alerta, havia policiais espalhados na cidade em pontos estratégicos, juízes fizeram plantão, cadeias foram liberadas para esperar os presos, foi decretada a “lei seca”, o fechamento das repartições públicas e estabelecido um centro de operações militares, e 15 mil homens das forças armadas esperavam em um quartel próximo caso a violência se confirmasse.

Foto: http://bit.ly/1Uy8XyL

No entanto, o que o presidente Kennedy, que assistiu o protesto pela televisão, e seu mega esquema de segurança viram, foi uma manifestação pacífica, onde 250 mil pessoas acompanharam o discurso do reverendo Luther King, na tarde de 28 de agosto de 1963, onde ele exaltou seus sonhos para um mundo melhor.

O sonho de uma sociedade que sonhava

Foto: http://law.rwu.edu/

Martin Luther King Jr. escolheu um dos mais imponentes púlpitos da América para discursar: a escadaria ao lado do monumento de Abraham Lincoln, não por acaso, o mesmo lugar onde Lincoln firmou a Proclamação da Emancipação, onde o ativista frisou “mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre”. No discurso, o líder falou de Deus, de Shakespeare e de seus sonhos. Destacou a situação que os negros viviam nos EUA, afirmando que eles estavam “paralisados pelas amarras da segregação e das correntes da discriminação”.

E Luther King sonhou! Sonhou com uma sociedade baseada na igualdade social, onde os negros pudessem não ser “julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter”. E nos disse: “Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença – nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta”. E assim, aquele homem negro emocionou a multidão e deixou seu sonho registrado, não só nos Estados Unidos, mas no mundo inteiro.

Seu marcante discurso pela justiça social tinha um apelo pela não violência, fato que o levou a ganhar o Prêmio Nobel da Paz em 1964, concretizando uma nomeação inédita, pois foi o primeiro líder negro no mundo a receber a honraria.

Assista o discurso na íntegra (em inglês):

A morte

Assim como muitos ativistas de direitos sociais, as ideias de Martin Luther King não eram aceitas pelos opositores do sul do país, o que culminou em seu assassinato em 4 de abril de 1968, em um hotel da cidade de Memphis, no estado do Tennessee. James Earl Ray chegou a confessar o crime, entretanto, anos depois, voltou a negá-lo.

Em memória ao dia do assassinato de Martin Luther King Jr., o Instituto Humanitas Unisinos – IHU e a Adital marcam a data com a incorporação da Agência de Notícias Adital ao Sítio do IHU, que manterá o trabalho realizado até então pela agência “com o compromisso com o tipo de informação que publicamos”, conforme esclarece o comunicado emitido nesta semana.

Por Cristina Guerini

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