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“O padre Martín-Baró abriu a porta da residência deixando, voluntariamente, que entrassem os soldados. Depois de ordenar aos cinco sacerdotes que ficassem de bruços sobre a grama, dois soldados dispararam contra eles, um a um. A poucos metros de distância, outro soldado matou Elba Ramos, que abraçava sua filha Celina…”

Este trecho faz parte do relatório “O Coronel Montano e a ordem de matar”, publicado no jornal salvadorenho “El Faro” sobre a execução do reitor da Universidade Centro-Americana José Simeon Cañas (UCA), o espanhol Ignacio Ellacuría, em 16 de novembro de 1989, há exatos 24 anos, durante a guerra civil de El Salvador (1980-1992), após ser nomeado diretor da Revista de Estudos Centroamericanos (ECA), em 1976 e publicar um editorial que desagradou o governo local, levou a universidade a perder o apoio que possuía por parte do governo e resultando em violência por parte do Exército.

Ignacio Ellacuría (foto) nasceu em Portugalete, província de Vizcaya, Espanha, no dia 9 de novembro de 1930. Foi o quarto de cinco filhos. Depois de concluir o ensino primário na cidade natal, ele continuou os estudos no Colégio dos Jesuítas de Tudela. Em 1949, junto com outros cinco noviços, foi enviado para o noviciado da Companhia de Jesus em Santa Tecla, El Salvador, e fez os votos de pobreza, obediência e castidade. Completou seus estudos de Ciências Humans e estudou Filosofia em Quito. Na Áustria, cursou Teologia e foi influenciado pelos ensinamentos de Karl Rahner. No ano de 1961, foi ordenado sacerdote em Innsbruck e fez os últimos votos como jesuíta em 1962, em Portugalete, onde nasceu. Nesta época, também realizou o doutorado em Madri, na Universidade Complutense, sob a direção de Xavier Zubiri, dando origem à tese La principialidad de la esencia en Xavier Zubiri.

Estavam presentes no momento do massacre Ignacio Martin-Baró que fundou e foi diretor do Instituto Universitario de Opinión Pública – IUDOP, além de atuar como professor convidado em muitas universidades. Também foi vice-presidente da Sociedad Interamericana de Psicologia. Segundo Montes, que foi chefe de redação da revista Estudios Centroamericanos (ECA). Joaquín López y López, que fundou e coordenou a “Fe y Alegría”, um movimento de educação popular integral, o qual dirige setores empobrecidos e excluídos da sociedade. Armando López, coordenador do curso de Filosofia da UCA. Juan Ramón Moreno, que Ensinou Teologia na UCA, organizou a biblioteca do Centro de Reflexión Teológica, supervisionou a construção do Centro Monseñor Romero e Elba Ramos e sua filha, Celina Ramos, que prestavam serviços à casa dos jesuítas.

A sala onde acontecem os principais eventos do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, recebeu o nome Ignacio Ellacuría e Companheiros, em 2009, como uma forma de homenagear estes homens e mulheres que forma corajosos em denunciar a forma injusta e violenta com que o governo de El Salvador tratava principalmente os pobres daquele local.

A revista IHU On-Line, no. 315, publica um dossiê sobre Ignacio Ellacuría e companheiros.

Para ler mais:

O direito e a memória

Em 11 novembro, 2013 Comentar

Para descrever as conquistas e os desafios que a Constituição de 1988 tem em seu histórico, o ciclo Constituição 25 anos: República, Democracia e Cidadania, que acontece desde o dia 2 de outubro, tem trazido diversos professores para debater acerca do tema.

Ainda não teve a oportunidade de assistir ao evento? No próximo dia 12 de novembro (terça-feira) será a vez do Prof. Dr. José Carlos Moreira da Silva Filho (PUCRS) discorrer sobre “O direito e a memória no Brasil a partir da Constituição Federal 1988“.

Moreira da Silva Filho (foto) atualmente é professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais da PUC-RS e da Faculdade de Direito da PUC-RS, além de Conselheiro da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

Inscreva-se.

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Em sua 44ª edição o Cadernos IHU aborda o tema “Pensamento descolonial e práticas acadêmicas dissidentes”.

Uma ótima prévia do contexto que você irá ler nesse Caderno se resume a um pequeno parágrafo escrito por Carolina Castañeda. “É problemático conceber uma forma de pensar proveniente dos latino-americanos, porque corremos o risco de supor a existência prévia de um povo, cultura ou sentir comum a todos os habitantes do continente. Tomar como ponto de partida a homogeneidade que produz uma única forma de pensar é questionável porque significa partir do suposto de que a América Latina constitui uma ‘forma cultural’, como definiria o pensamento da antropologia clássica.”

Tem interesse pelo tema? Então adquira o seu Caderno e leia mais!

Esta e outras edições dos Cadernos IHU podem ser adquiridas diretamente no Instituto Humanitas Unisinos – IHU ou solicitados pelo endereço: humanitas@unisinos.br.

Mais informações pelo telefone 55 (51) 3590 8247.

A partir do dia 05 de dezembro de 2013, o arquivo em PDF desse Caderno estará disponível no sítio do IHU.

Discutir acerca de como se dão os modos de existir do sujeito na sociedade e a relação e interdependência com a tecnociência na modernidade será a temática na Mesa-redonda do dia 7 de novembro, no IHU, com a participação da Profª Dra. Karla Schuck Saraiva (ULBRA) e do Prof. Dr. Nythamar de Oliveira Junior (PUCRS). 

A Mesa-redonda “Tecnociência e novos modos de subjetivação para o século XXI” acontecerá na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, das 19h30 Às 22h, e contará com a mediação do Prof. Dr. Alfredo Veiga-Neto (UFRGS).

Faça a sua inscrição.

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Vocês já conferiram a 197ª edição do Caderno IHU ideias que traz o texto Brasil: verso e reverso constitucional? O texto é de Fábio Konder Comparato, doutor em Direito pela Université Paris 1 e Professor Emérito da Universidade de São Paulo.

Uma boa ilustração do contexto desse Caderno foi dada por Hipólito José da Costa em uma edição do Correio Braziliense de maio de 1811: “Ninguém deseja mais do que nós as reformas úteis; mas ninguém aborrece, mais do que nós, que essas reformas sejam feitas pelo povo; pois conhecemos as más consequências desse modo de reformar; desejamos as reformas, mas feitas pelo governo; e urgimos que o governo as deve fazer enquanto é tempo, para que se evite serem feitas pelo povo.”

Adquira seu Caderno IHU Ideias e leia mais!

Os Cadernos IHU Ideias apresentam uma extensa diversidade de temas, abrangendo as mais diferentes áreas do conhecimento. Tem um caráter cientifico e é de agradável leitura.

Esta e outras edições dos Cadernos IHU Ideias podem ser adquiridas diretamente no Instituto Humanitas Unisinos – IHU ou solicitadas pelo endereço: humanitas@unisinos.br.

A partir do dia 28 de novembro de 2013 o arquivo será disponibilizado em PDF no sitio do IHU.

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Mais informações pelo telefone 55 (51) 3590 8247.