A saúde pública preocupa os brasileiros. Mas qual seria a melhor forma de financiar a saúde brasileira? Uma das propostas seria a de aplicar uma taxa maior de imposto aos ricos. O Instituto Humanitas Unisinos – IHU questionou os seus leitores a respeito desta proposta. Cerca de 79% responderam que sim, taxar os mais ricos seria uma boa saída.
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Confira os resultados e os comentários.
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» 69.23% responderam que sim, sem dúvida é uma boa proposta;
» 11,54% responderam que não, mas a medida pode ser discutida;
» 10% responderam que sim, talvez;
» 8,46% responderam que não, absolutamente;
» 0,77% responderam que não possuem opinião formada sobre o tema.
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De acordo com o leitor Felipe Kuhn Braun, “mais uma vez o estado Brasileiro joga a culpa
para o cidadão, nesse caso os mais ricos. Não é aumentando imposto que a situação ficará melhor. Nem criando ou tentando recriar, como já vimos com a CPMF e similares. Temos um Sistema Único de Saúde que não é exemplar, mas que funciona e atende parte da população, uma evolução se comparar com países como os Estados Unidos, onde apenas no governo Obama aprovou-se a criação de um sistema de saúde público para os menos favorecidos. A solução é fiscalização, rigor no trato do dinheiro público, aumento de imposto não resolverá a questão. Se bem me lembro, em 2006 descobrimos no Brasil a máfia das sanguessugas, que desviava dinheiro da saúde para os cofres de parlamentares, inclusive 8 desses parlamentares envolvidos, pertenciam a bancada evangélica no Congresso… e o que aconteceu com essa gente desde a descoberta da fraude? fiscalizando e punindo teremos melhor utilização dos recursos da saúde, em saúde para a população!”

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Para Clarice Teresinha Heck, as “pessoas todas, por si só, tem a mesma dignidade. A riqueza está distribuída injustamente e na maioria das vezes é acumulada por meios corruptos, fraudulentos e injustos. Por isso os que têm mais, devem contribuir mais para que seus irmãos mais empobrecidos sejam atendidos com dignidade. Isso é justiça!”
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Ivo Poletto, afirma que “o grito dos indignados em todo o mundo vale também para o Brasil: é impossível seguir com tanta concentração de riqueza e renda, transferindo dos pobres para os ricos, com mediação dos governos. É preciso distribuir a riqueza, transferindo dos ricos em favor dos direitos de todos e da Terra”.
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Ubenai Lacerda Fleuri questiona: “mas o problema permanece: como confiar na gestão dessa arrecadação?”. Guiomar Therezinha Estrella Faria escreve que “os mais ricos: empresários rentistas; financistas; banqueiros; grandes proprietários, além de receberem incentivos fiscais, absolutamente injustos, pagam muitos menos tributos que o povo que custeia esse engrandecimento capitalista e egoísta”.
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O leitor Carlos Resende Santos concorda com a proposta, “pois os ricos, aqui no Brasil sempre são os privilegiados em tudo e na saúde não é diferente, mesmo no SUS eles tem preferência, não ficam penando nas portas dos hospitais a espera de atendimento nem jogados nas macas pelos corredores dos hospitais”.
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Alexandre Goetz escreve que “ao invés de aceitarmos mais impostos, não seria mais digno começarmos pela eliminação da corrupção na política brasileira, a diminuição dos incoerentes altos salários públicos pagos de forma indevida e a cobrança da melhor e mais valorizada aplicação dos recursos financeiros do país? Não sou contra a idéia de que, quem tem mais, até pode ajudar mais: eu até concordo em certos aspectos com o tema. Porém, não admito começar uma reestruturação financeira pública ‘pelo telhado’, sem antes estruturar o ‘alicerce da construção’. Se esta mesma ‘gauchada’ que aqui hoje vive neste estado, fosse levada de volta no tempo, parando em 1835, te garanto que o 20 de setembro não seria um feriado, e sim mais um dia qualquer no calendário”.
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A leitora Elisa, afirma que esta não seria uma boa proposta. Ela diz que “pelo menos roubando ou não, estes ao menos trabalharam. Mas estes governos geridos são lacaios que todos os políticos enriqueceram sem fazer nada a não ser roubar e perturbar a vida do cidadão. Por isto acho que o governo em ver de roubar deve investir bem o nosso dinheiro”.
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