O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu que casais formados por homossexuais têm o direito de adotar filhos. Os leitores do sítio IHU puderam expressar suas opiniões em enquete realizada sobre o tema.
» 46,99% dos leitores aprovam totalmente a medida do STJ;
» 11,65% dos leitores apóiam parcialmente;
» 35,34% dos leitores desaprovam totalmente;
» 2,26% dos leitores desaprovam parcialmente;
» 3,76% dos leitores não possuem opinião formada sobre o tema.
Na opinião do leitor Renato Barboza, “em pleno século XXI, o respeito à diversidade e aos direitos sexuais e direitos reprodutivos ainda não foi conquistado plenamente em nosso país. É lamentável que a maioria dos parlamentares e o Executivo ainda resistam e não atuem para o avanço dessa plataforma, uma vez que o Brasil é signatário das principais conferências internacionais nesse campo. O reconhecimento do STJ poderá contribuir para a redução da vulnerabilidade social, em especial à intolerância e às manifestações homofóbicas crescentes em nossa sociedade. Vale a pena refletir sobre os últimos acontecimentos na USP e na UFOP.”
Luiz Alberto Pelizzer afirma que “independente da opção sexual somos todos iguais perante a lei e também perante Deus. Por que negar direitos a algumas pessoas? Ou alguém prefere crianças abandonadas, subnutridas, sem escola, morrendo a míngua? Vamos deixar de lado preconceitos, falsos moralismos de quem se julgam os “perfeitos”. Casais heterossexuais e homossexuais tem as mesmas qualidades e defeitos quando se fala de educação de crianças. Finalmente se discutimos ainda estas teses, é prova cabal que estamos longe de uma sociedade perfeita”.
Já Alan Cristian de Lucena questiona: “Onde está a moral desse país? Eu como um filho de dois homens: a quem chamarei de mãe? A quem chamarei de Pai? Isso não é uma família e sim o descaso com a própria sexualidade da criança, pois, quem garante que á criança terá um ensino sexual de qualidade? Será ele um homossexual também? Será ela uma lésbica? Isso vai promover a imoral mundana!”.
O leitor Cláudio Barbosa ressalva que “Não sou contra os casais homossexuais. Cada um escolha o parceiro que quiser. Mas a adoção de filhos é complicada. E o direito da criança ter uma mãe onde fica? Outra coisa, os casais homossexuais em geral não têm uma longa duração, onde fica a criança nesta história? Deveríamos aprender com a lei da natureza: casais homossexuais podem viver juntos, mas são capazes de gerar um filho? Se não geram, podem criá-lo? Afinal, esta Lei está a serviço das crianças ou no desejo egoísta destes casais? Onde está o Estatuto da Criança nesta hora?”.