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O Brasil é um dos países em que a desigualdade social é presente no dia a dia. Enquanto há, aproximadamente,  200 mil brasileiros com fortunas acima de 1 milhão de dólares, também existe de outro lado 20 milhões de pessoas vivendo em pobreza extrema e 13 milhões de analfabetos. A partir dessa visão de desigualdade no país, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU promove, a partir do dia 31 de agosto até 29 de outubro, o Ciclo de Estudos O Capital no Século XXI. O evento terá como base o livro O Capital no Século XXI, de Thomas Piketty. Ao todo, o ciclo, que é gratuito, terá 15 horas de duração e as palestras serão realizadas na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.

Favela de Paraisópolis e o Morumbi. Foto: Tuca Vieira

Thomas Piketty, considerado um rock star da economia, aborda em seu livro, que já figurou entre os mais vendidos do site Amazon, que uma economia onde a taxa de rendimento sobre o capital supera a taxa de crescimento, a riqueza herdada sempre vai crescer mais rapidamente do que a riqueza conquistada.

Piketty enfatiza que os filhos de pessoas ricas, muitas vezes vindos de uma longa tradição de milionários (ou bilionários), podem passar até um ano sem se dedicar ao trabalho que ainda assim conseguirão bons empregos quando decidirem trabalhar. Já os descendentes de famílias pobres não têm esse privilégio, portanto, não podem largar suas ocupações ou parar de realizar suas atividades. Para ele, isso não é um mero acidente, é apenas o sistema funcionando normalmente.

Segundo o economista, “se tem um crescimento lento junto de rendimentos financeiros melhores, então a riqueza herdada irá, na média, superar a riqueza acumulada de uma vida toda de trabalho por uma ampla margem”. Em sua obra, elogiada por Paul Krugman, ganhador do Nobel de Economia, Piketty faz uma crítica ao capitalismo e à desigualdade e ressalta que “o capitalismo do século XXI percorre um trajeto só de ida em direção à desigualdade – a menos que façamos alguma coisa”.

A inscrição para o Ciclo de Estudos O Capital no Século XXI pode ser feita aqui.

Confira a programação completa do evento aqui.

Por Matheus Freitas

Para ler mais:

Você fez sua inscrição para o curso “Economia Social e Solidária – A pessoa ao centro da economia“, desenvolvido pelo Claritas, em parceria com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU?

A programação começou ontem e se estenderá por oito semanas, onde trabalhos serão desenvolvidos no Moodle, plataforma de aulas à distância (EAD) utilizada pela Unisinos.

O professor responsável pelo curso no Brasil, Prof. MS Gilberto Antonio Faggion, concedeu uma breve entrevista ao Blog do IHU, especificando a temática central do projeto e como funcionará a agenda de aulas. Clique na imagem abaixo e assista ao vídeo:

Para saber mais sobre o curso, clique aqui.

Entre os dias 18 e 20 de julho, aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, a 21ª Feira Internacional do Cooperativismo e a 10ª Feira Latino Americana de Economia Solidária. Presente no evento, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU apresentou aos expositores e visitantes – que vinham dos mais variados países, como Peru e Paraguai – seus projetos e publicações relacionados ao tema.

A 21ª Feira Internacional do Cooperativismo e Economia Solidária ocorreu no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter e mostrou uma variedade de mais de 10 mil itens produzidos a partir de cooperativas e empresas que seguem a ideia central do evento. A heterogeneidade presente entre os públicos de diferentes culturas refletia na diversa gama de produtos apresentados: desde camisetas pintadas com tintas ecologicamente corretas e cujo tecido vem do algodão plantado pelos próprios funcionários, até alimentos e objetos religiosos completavam os atrativos da mostra.

Segundo Átila Alexius, do ObservaSinos, “a feira mostrou diferentes expressões do que é Economia Solidária. Foi a primeira vez que participei e nela encontrei pessoas e produtos de diferentes espaços do país e do Mercosul. Em meio a essa pluralidade foi possível constatar as diferentes formas de produção e organização de trabalho para a confecção de produtos”. Átila representava o Observatório do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, que participava pela primeira vez do evento. Outra representante do Instituto foi Renata Hahn, do programa Tecnosociais, que já esteve presente em diversas outras edições da Feira. Renata comentou que “inicialmente tanto a feira como a Economia Solidária como um todo se formava com grupos menores, mas hoje em dia os grupos se articularam em redes e cadeias, diversas pessoas se voltaram para esse tipo de empreendimento porque viram na Economia Solidária uma alternativa melhor não só para o meio ambiente, como também para a sociedade”.

Mas… O que é Economia Solidária?

Economia solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza (economia) centrada na valorização do ser humano e não do capital. Tem base associativista e cooperativista, e volta-se para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços cujas etapas são todas executadas pelo grupo de trabalho, sem nenhum tipo de terceirização.  A Unisinos possui uma das primeiras Incubadoras voltadas a esse tipo de projeto, que serve como uma espécie de assessoria a grupos sociais que visam à organização coletiva para criação de empreendimentos econômicos solidários.

A ideia dessa economia é, além de gerar uma renda, também incentivar a inclusão social. Por isso é possível encontrar diversas formas de aplicação da mesma, como em projetos culturais (grupos de teatro e dança), metalúrgicas, produção de alimentos, vestimenta e acessórios.

A partir do dia 31 de julho, em parceria com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU, a organização não governamental Claritas oferecerá o curso à distância (EAD) “Economia Social e Solidária – A pessoa ao centro da economia”.

As aulas, compostas por seis módulos e com duração de oito semanas, serão ministradas paralelamente em português e espanhol, para atender a todos os interessados no assunto que residem na América Latina.

O professor responsável pelo conteúdo do curso no Brasil, Prof. MS Gilberto Antonio Faggion, é graduado em Administração de Empresas e Comércio Exterior, e mestre em Administração, professor da Unisinos e integrante do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

O professor explica que, entre os seis módulos, serão disponibilizados textos para leituras semanais e atividades que deverão ser desenvolvidas dentro do Moodle, plataforma do módulo EAD utilizada pela Unisinos. Serão sugeridas oito horas por semana de atividades aos alunos, onde eles participarão online de fóruns e web conferências. Entre os temas discutidos, serão abordados assuntos como “a economia que conhecemos” e “uma nova economia”.

Um dos objetivos a serem alcançados é a compreensão da Economia Solidária e de uma empresa horizontal, onde funcionários também tomam decisões administrativas. Além disso, as aulas buscarão passar aos alunos uma melhor percepção da situação econômica atual e alternativas a se considerar para que haja uma evolução nesse campo.

Clique na imagem abaixo e seja redirecionado ao site para inscrever-se:


Para ler mais:

Confira as edições da Revista IHU On-Line que abordam o tema:

A quantidade de brasileiros que se unem para trabalhar ou consumir juntos na Economia Solidária cresce cada vez mais. A prática é boa para o país por não concentrar renda, nem ser baseada na competição e no lucro. Infelizmente, a lei no Brasil traz muitas dificuldades.

Por isso, acontece desde maio a Campanha Pela Lei da Economia Solidária, que incentiva a aprovação da Política Nacional da Economia Solidária e do Sistema Nacional de Economia Solidária. Para ser considerada uma lei de iniciativa popular, são necessárias 1 milhão e 500 assinaturas, ou seja, 1% do eleitorado brasileiro. Na cidade de São Leopoldo é necessário que haja 7 mil assinaturas.

A iniciativa vai até sexta-feira, 17 de agosto, portanto aproveite estes últimos dias para ajudar a causa. Quem circula pelo campus da Unisinos, pode encontrar os postos de coleta de assinaturas no Centro 1, 3 e 5 e, também, próximos ao RU, IHU e CCAs. Você também pode ir ao site Cirandas.net para saber mais sobre a campanha, assim como acessar o formulário para o abaixo assinado.

Além disso, foi anunciado recentemente pela Coordenação Executiva do FBES a abertura do Cirandas para o cadastro de novos empreendimentos solidários. Os cadastrados têm direito a um site, possibilitando a exposição de produtos, articulação com outros empreendimentos e visibilidade. Cada Fórum Estadual tem até o dia 20 de dezembro para consultas suas bases e enviar à Coordenação Executiva sua lista de empreendimentos que devem ser inseridos no Cirandas.

Por Mariana Staudt

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