Arquivos da categoria ‘Cinema’

O filme Cinco Vezes Favela – Agora Por Nós Mesmos foi realizado pelos próprios moradores das favelas. É uma espécie peculiar de releitura de uma obra já clássica da cinematografia brasileira. O filme conta cinco histórias diferentes como no original “Cinco Vezes Favela”, mas com a diferença que desta vez os responsáveis por contá-las são os próprios moradores dos locais nas quais elas se desenrolam, daí a o subtítulo “Agora Por Nós Mesmos”: do princípio ao fim, do roteiro ao que vemos na tela, tudo foi feito por eles próprios e produzido por Cacá Diegues (diretor do curta “Escola de Samba, Alegria de Viver”) e Renata de Almeida, sendo resultado de oficinas de formação cinematográfica às quais os autores do filme foram “submetidos”.
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Como em qualquer projeto que conta com episódios e diretores diversos, Cinco Vezes Favela – Agora Por Nós Mesmos tem episódios mais e menos fortes e expressivos, mas o que se deve destacar é como, a partir desse processo peculiar de produção, consegue-se um resultado bastante interessante enquanto força de expressão do real: ainda que sob as regras da carpintaria de um roteiro cinematográfico mais clássico (o que sempre é perigoso, sobretudo a um projeto que se quer colado na realidade), os episódios trazem consigo uma verdade poderosa, que não vem necessariamente de seu “realismo”, mas sim do quanto trazem de paixão: tanto pela possibilidade da auto-expressão, pela possibilidade da experiência do Cinema como contato com o mundo.
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Mais um dos filmes brasileiros que representa o drama da realidade brasileira, o Cinco Vezes Favela foi
estreado no Brasil em 27 de agosto de 2010. O filme que mostra funk carioca, arroz com feijão, pipa e, claro, tráfico e violência foi apresentado aos frequentadores do Festival de Cannes, ainda em 2010.
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A obra será debatida pelo Prof. Dr. José Luiz Bica de Melo – Unisinos no dia 24 de abril, das 19h30min às 22h20min, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.
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Se você tem perfil no Facebook, entre no evento “Relações de poder e violência em Cinco Vezes Favela – Agora Por Nós Mesmos” e participe! Confira mais informações sobre o evento no sítio do IHU.
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Assista ao trailer do filme.
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[youtube]D6G-aIHQKpE[/youtube]

A dica de cinema de hoje é o mais recente lançamento brasileiro nas telonas: Xingu. O longa conta a história dos irmãos Orlando (Felipe Camargo), Cláudio (João Miguel) e Leonardo (Caio Blat) Villas Boas, que resolvem trocar o conforto da vida na cidade grande pela aventura de viver nas matas. Eles se alistam no programa de expansão na região do Brasil central, incentivado pelo governo. Com enorme poder de persuação e afinidade com os habitantes da floresta, os três se tornam referência nas relações com os povos indígenas, vivenciando incríveis experiências, entre elas a conquista do Parque Nacional do Xingu.

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Assista o trailer:

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[youtube]YnhuVKb1qWU[/youtube]

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O filme está nos cinemas desde o dia 6 de abril. Não deixe de conferir!

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Para ler mais:


Indicado a melhor filme na Palma de Ouro e aplaudido por nove minutos após sua exibição no Festival de Cannes, Linha de Passe conta a história cotidiana de muitos brasileiros. Quatro irmãos, todos de diferentes pais, vivem a luta diária por uma vida melhor na conturbada cidade de São Paulo.
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Cada um dos filhos de Cleusa, que no filme espera pelo quinto filho, também de pai desconhecido, vive um drama pessoal. Enquanto o mais novo, Reginaldo, procura pelo pai obsessivamente, Dário sonha em ser jogador de futebol. Dinho se dedica à religião e Dênis, o mais velho, tem um filho bebê e uma dificuldade imensa em manter a si e à sua família.
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Confira o trailer:
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[youtube]htb3pX-6CVA[/youtube]
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O Ciclo de Filmes Realidades do Brasil: Relações de poder e violência exibirá e debaterá o longa Linha de Passe amanhã, dia 20 de abril, às 19h30min na sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU. Quem irá debater o filme é o professor e doutor José Rogério Lopes, da Unisinos.
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O evento é gratuito! Não deixe de participar!
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Por Natália Scholz
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Para ler mais:

Na vida há os que devoram e os que são devorados. Raimundo Nonato (João Miguel), o protagonista de Estômago, se arranja, ao invés disso, por um caminho à parte: ele cozinha.
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Nonato é um dos muitos migrantes que partem em direção à cidade grande na esperança de conseguir uma vida que lhe permita, no mesmo dia, almoçar e jantar. Contratado como faxineiro em um bar, Raimundo descobre seu talento nato para cozinha e, com suas coxinhas, transforma o boteco em local de sucesso. É Giovanni, o dono de um conhecido restaurante italiano da região, quem primeiro intui os dotes de cozinheiro de Nonato e muda sua vida, contratando-o como ajudante de cozinheiro. A vida dele muda, inicia-se sua afirmação no mundo: uma casa, roupas, relacionamentos sociais e, sobretudo, o amor de uma mulher, a prostituta de bom apetite Íria, com a qual estabelece uma ancestral relação de sexo em troca de comida.
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O talento de Nonato na cozinha também é logo descoberto pelos seus companheiros de cela. Para eles e para seu violento chefe, Bujiú, a chegada do novo companheiro na cela é a salvação, pois logo o miserável rancho da cadeia se transforma em pratos exóticos. Nonato, à sua revelia, passa então a ser conhecido como Alecrim, e com esse apelido começa também a sua escalada ao poder.
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Como e porque o protagonista acabou na cadeia, isto não sabemos. Esta é uma pergunta que será respondida só no final da história, quando se descobrirá o delito cometido por este homem e se completará seu aprendizado. Pois Nonato, apesar de sua ingenuidade e simplicidade, rapidamente aprende as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados. Estômago será debatido com o Dr. Marcelo Leandro dos Santos – Unisinos, durante o Ciclo de Filmes Realidades do Brasil: Relações de poder e violência, dia 17 de abril, às 19h30min, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.
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Confira o trailer.
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[youtube]zPmVXkWi9Yk[/youtube]

“Não foi a falha de imaginação ou inteligência a culpada da imprevisão (da crise econômica). A causa é a ideologia, o disfarce de interesses de classe e setores sob roupagem científica”. Esse foi o motivo da falha na previsão da crise econômica que se iniciou em 2008, segundo afirmou o ex-secretário-geral da Unctad, Rubens Ricupero em artigo publicado em fevereiro deste ano. E será assim, sem conformar nenhuma ideologia prévia, que o Ciclo de Filmes e Debates “A crise do capitalismo no cinema” vai levar os participantes a refletir sobre o tema.
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Serão apresentados e debatidos dois filmes que pretendem provocar uma compreensão de elementos centrais que desencadearam essa crise, baseando-se em interpretações geradas pelo cinema. Dessa forma, visualizam-se os filmes Inside Job (Trabalho Interno), no dia 9 de maio, e Margin Call (O Dia Antes do Fim), no dia 15 de maio, ambos exibidos na sala Ignácio Ellacuría e Companheiros, no Instituto Humanitas Unisinos.
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Para mais informações sobre o Ciclo de Filmes e Debates – A crise do capitalismo no cinema, acesse o site.