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O crítico de cinema Marcus Mello debaterá, no dia 23 de março, das 14h30min às 17h, o filme “O Evangelho segundo São Mateus” (1964), de Pier Paolo Pasolini. O longa foi indicado ao Oscar e recebeu o Grande Prêmio da Oficina Católica do Cinema.

Sobre o filme:

Inspirado no livro de Mateus sobre a vida de Jesus, o filme “O Evangelho segundo São Mateus” traz as etapas da vida de Cristo, desde o seu nascimento até a ressurreição. O Jesus de Pasolini é mais humano, com traços de sensibilidade e que reage com raiva à hipocrisia e à falsidade dos homens. Embora tenha sido alvo de censura pelo Vaticano, o filme hoje é exaltado pela Santa Sé como uma obra de arte e o melhor longa já filmado sobre a vida de Cristo.

O Evangelho segundo São Mateus / Pier Paolo Pasolini

Sobre o diretor:

Pier Paolo Pasolini nasceu em Bolonha, Itália, no dia 5 de março de 1922. Foi um cineasta, poeta, professor e escritor italiano. Homossexual assumido e comunista militante, Pasolini virava pelo avesso em seus filmes temas como política, história, sexo e religião. Em seus trabalhos, Pasolini demonstrou uma versatilidade cultural única e extraordinária, que serviu para transformá-lo numa figura controversa. Foi um sujeito com uma existência autêntica e provocante. Não se intimidou e através de sua arte manifestou sua crítica poética e erudita a uma sociedade italiana consumista. Tornou-se um desafeto para muitos e acabou assassinado na praia de Ostia, perto de Roma, no dia 2 de novembro de 1975.

Acesse o filme “O Evangelho segundo são Mateus”

Versão em espanhol: El Evangelio segun San Mateo

Versão em italiano : Il Vangelo Secondo Matteo

Outros filmes para conhecer o trabalho de Pasolini:

  • Teorema (1968) Chegada de um estranho convulsiona e transforma família burguesa.
  • Decameron (1971) Primeiro filme da Trilogia da Vida, com episódios satíricos extraídos da obra de Boccaccio.
  • Pocilga (1969) Com histórias em tempos diferentes, aborda a degradação moral provocada pela sociedade de consumo.
  • Desajuste Social (1961) Conhecido por seu título original, Accattone, nome do cafetão que explora prostitutas em Roma.

Confira a programação completa no sítio do IHU.

Por Fernanda Forner

Para ler mais:

O sétimo filme da franquia de ficção científica, que estreou no final de 2015, traz muitos easters eggs [1] com o original, lançado em 1977. A produção é um reencontro dos fãs com Star Wars. Primeiramente, a franquia de Star Wars, que tem, ao todo, sete filmes, não começa pelo “filme um”. O primeiro filme lançado chama-se Star Wars – Episódio IV – Uma Nova Esperança, de 1977. Essa produção foi a apresentação desse universo (literalmente) formado por diferentes planetas, alienígenas, jedis, Sith e de personagens que marcaram a história do cinema, como Luke Skywalker, Darth Vader, Mestre Yoda, Obi-Wan-Kenobi, Han Solo, Princesa Leia, entre outros.

O episódio IV é o filme que abriu as portas de Star Wars. Depois desse filme vieram às sequências Episódio V – O Império Contra-Ataca (1980) e Episódio VI – O Retorno de Jedi (1983). No final da década de 1990 e início dos anos 2000, Star Wars lançou sua segunda trilogia, porém, não era uma continuação, era um prelúdio dos três primeiros episódios. A trama tinha como foco a história de Anakin Skywalker, mais conhecido como Darth Vader. Para contar essa história foram exibidos nos cinemas o Episódio I – A Ameaça Fantasma (1999), Episódio II – Ataque dos Clones (2002) e Episódio III – A Vingança dos Sith (2005).

Easter eggs

Star Wars – Episódio VII – O Despertar da Força (2015) é uma sequência do filme de 1983. Uma continuação depois de mais de 30 anos (32 anos, para ser exato), por isso era grande a expectativa em torno do novo filme. E a expectativa não foi frustrada. O longa-metragem foi bem recebido por fãs, crítica e bilheteria (até agora, o filme já faturou US$ 1, 73 bilhão, tornando-se a terceira maior bilheteria da história do cinema, ficando atrás, por enquanto, de Avatar – US$ 2, 7 bilhões – e Titanic – US$ 2,1 bilhões).

Fonte: Cinema a Dois

Se o Episódio IV é um encontro do fã com esse novo universo, o Episódio VII é um reencontro. Não só pelo fato do filme ser uma sequência que acontece após três décadas de espera, mas, também, por ser muito semelhante ao filme de 1977. Os easter eggs estão espalhados por todo o filme, prato cheio para os fãs que gostam de “caçar easter eggs”.

A cena que abre o filme, com uma nave atravessando o universo, é praticamente igual ao filme de 1977. Um dos componentes do enredo de O Despertar da Força gira em torno do robô BB-8, que precisa entregar para a Resistência uma parte do mapa, que foi inserida em sua memória, que contém a localização do desaparecido Luke Skywalker. Vale lembrar que Luke é o jedi que trouxe a paz para a galáxia na trilogia clássica e um dos principais personagens do novo filme porque só ele pode restaurar, novamente, a paz da galáxia e destruir a Primeira Ordem.

No episódio IV, temos uma situação bem parecida: após a Princesa Leia conseguir os planos para derrotar a Estrela da Morte (principal arma do Império), ela, antes de ser capturada, insere tais informações no robô R2D2 e pede para entregá-las a Obi-Wan-Kenobi.

Recapitulando

Para quem não está situado com Star Wars e quer entender melhor a trilogia clássica, temos a seguinte situação: os jedis são os principais heróis do universo, enquanto os sith, são os “inimigos”. Eles têm ensinamentos parecidos com os jedis, porém, usam esses aprendizados para o “lado negro da força”. Os sith querem dominar a galáxia. Após a queda dos jedis (situação que é explicada na segunda trilogia – lançada entre 1999 e 2005), os sith conseguem dominar toda a galáxia. O que antes era uma democracia passa a ser uma ditadura. A República transforma-se no Império.

O Império é comandado pelo Imperador (Darth Sidios) e por seu principal pupilo, Darth Vader (que, antes de se render ao lado negro da força, havia sido o jedi Anakin Skywalker). Mas nem todos os cidadãos do universo se renderam ao Império, por isso existe a Aliança Rebelde, chamada no filme atual de A Resistência. Este grupo, com as informações obtidas por Leia e inseridas no R2D2, pretende acabar com o Império e sua principal arma, a Estrela da Morte, uma estação espacial gigantesca e impenetrável, que, com apenas um disparo, é capaz de eliminar um planeta.

O Despertar da Força

Em O Despertar da Força, o vilão chama-se Kylo Ren, um dos líderes da Primeira Ordem, que é o que sobrou do Império. A Primeira Ordem tem uma arma muito parecida com a do antigo Império, chamada Starkiller. No entanto, o poder de fogo dessa nova arma é muito maior que a da Estrela da Morte original, pois com um único disparo pode destruir mais de um planeta.

As semelhanças com o filme original são muitas, além das estrelas da morte, dos robôs mensageiros e dos easter eggs, ainda temos os heróis: Finn e Rey. Rey é uma órfã que vive em um planeta distante e mal sabe da história da guerra entre o Império e a Aliança Rebelde, conhece muito pouco sobre os jedis e nem sabe direito o que está acontecendo naquele momento na galáxia. A situação de Rey é muito parecida com a de Luke Skywalker: órfão, vivendo em um planeta distante e de repente se vê em uma guerra e torna-se o herói da galáxia. Finn é um stormtrooper [2] que decide abandonar seu posto e fugir do domínio da Primeira Ordem logo na sua primeira missão. Em meio a essa fuga, Finn vai parar no planeta Jakku e encontra Rey, que nesse meio tempo também já encontrou BB-8, e se juntam, mesmo sem querer, para salvar a galáxia.

Por conta dessas semelhanças, O Despertar da Força, apesar de ser o episódio VII e a primeira continuação depois de mais de 30 anos, está mais próximo de ser um reboot[3] do Episódio IV do que uma continuação. Entretanto, trata-se de uma continuação.

Novos heróis

Os protagonistas do Episódio IV eram Luke, Han Solo e a Princesa Leia. Os heróis eram os homens, enquanto a mulher, apesar da Princesa Leia já ser uma figura feminina forte, era “indefesa”, precisava da ajuda dos homens para sobreviver. Mesmo que tenha conseguido pegar os planos para destruir a Estrela da Morte, Leia não conseguiu concluir todo o objetivo pois foi capturada por Darth Vader. Ela precisou da ajuda de R2D2 para levar os planos até Obi-Wan e depois da ajuda de Luke e Han Solo para escapar de Darth Vader.

Os dois protagonistas do atual filme são personagens novos, Finn e Rey. O ator John Boyega, que interpreta Finn, é negro. O personagem Darth Vader tem sua voz (que tornou-se clássica e é uma das “marcas” do vilão) dublada pelo ator James Earl Jones, porém, ele não aparece no filme e quem interpreta Vader é o ator David Prowse, ator britânico e branco.

O primeiro personagem negro a aparecer com mais destaque é Lando Calrissian, em Star Wars – Episódio V – O Império Contra-Ataca (1980). E, nos primeiros momentos, ele é visto como um vilão por conta de sua traição a Han Solo e a Princesa Leia. Depois Lando se redime e passa a ser um dos mocinhos. Na segunda trilogia, temos o jedi Windu, interpretado pelo ator Samuel L. Jackson. Porém, apesar da representatividade de personagens negros importantes no universo Star Wars, nenhum deles é o protagonista, eram apenas coadjuvantes na história.

Fonte: The Telegraph

Finn, além de ser um dos principais personagens, é o primeiro herói negro de Star Wars nos cinemas (Darth Vader também é o protagonista dos filmes que participou, mas é um vilão e apenas sua voz é interpretada por um ator negro). Inclusive, o fato de o filme ser protagonizado por um negro e uma mulher, gerou protestos racistas e machistas na internet, em que fãs diziam que iriam boicotar a estreia do filme por conta dos protagonistas.

Novo vilão

Temos, também, o vilão Kylo Ren. Diferente de Darth Vader, um “vilão pronto” e decidido, que sabia o que queria, Kylo Ren é um vilão em construção. Ele está perdido, não sabe exatamente o caminho que quer (pelo menos até o final do filme, quando sua “decisão fatal” faz com que ele decida qual caminho quer seguir).

Ao contrário de muitos vilões, Kylo Ren não teve uma infância trágica. Ele pertencia ao novo grupo de jedis que Luke estava treinando. Kylo Ren, cujo nome verdadeiro é Ben Solo, filho de Han Solo e Leia, volta-se contra os jedis e os mata. Ele quer seguir o caminho de seu avô, Darth Vader (Anakin Skywalker, verdadeiro nome de Vader, é pai de Luke e Leia, que são irmãos). Kylo Ren é a razão pela qual Luke sumiu. Após ver seus jedis mortos, ele se sente culpado e decide desaparecer.

Fonte: Jovem Nerd

Kylo Ren é confuso, não sabe ainda se quer seguir os caminhos de Darth Vader ou se redimir. O ataque a outros jedis, mesmo que a comparação possa ser exagerada, pode ser interpretado como um ataque de fúria de algum adolescente rebelde que percebe as contradições entre os pais (e o tio) que salvaram a galáxia e o avô que transformou a República em Império. Para chamar atenção, Kylo Ren decide seguir o avô.

Personagens

E a diferença na construção dos personagens pode ser vista na época de cada filme. Nos anos 1970, as pessoas quando chegavam aos 20 e poucos anos já estavam com o futuro decidido: trabalhar e ter uma família. Claro que isso não é uma regra, mas é algo que normalmente acontecia. Atualmente, um jovem de 20 e poucos anos, muitas vezes não sabe o que quer, está sempre com milhares de tarefas da aula e do trabalho, não sabe se a carreira que está cursando é realmente a definitiva. Kylo Ren representa os paradoxos da juventude contemporânea que precisa definir identidade, “ser alguém”, mesmo que isso signifique escolher o lado negro da força.

Já Rey é a principal personagem do filme. Rey é uma menina forte e independente. É ela que ajuda Finn a fugir do planeta Jakku, quando a Primeira Ordem chega até lá atrás de BB-8 (a Primeira Ordem também tem interesse no paradeiro de Luke), é ela que pilota a nave de fuga. No fundo, é Rey a verdadeira heroína do filme, é ela própria o “Despertar da Força”.

A força das meninas

Uma cena que chama a atenção pela independência do personagem feminino é quando Finn e Rey se conhecem. A Primeira Ordem chega até o planeta Jakku e os stormtrooper vão atrás dos dois. Eles começam a correr, Finn “puxa a frente” e a todo o momento tenta segurar a mão de Rey, afim de protegê-la. Isso é normal em filmes.

Fonte: Omelete

O mocinho corre e segura a mão da menina, para ela não se soltar dele, para dar a ideia de que ela está protegida. Mas isso não acontece em O Despertar da Força. Todo o momento que Finn tenta segurar a mão de Rey, ela pede para soltar e, ao mesmo tempo, em meio a correria e disparos, ela também tenta entender o porquê dele querer segurar sua mão. No fim desta cena, vemos o que já foi descrito no parágrafo acima: Rey salva Finn e eles saem do planeta graças as habilidades de piloto dela, que pega uma nave e consegue fugir da Primeira Ordem.

Protagonismo feminino

Rey é a grande personagem do filme. Ela se junta ao “time de meninas independentes” da Disney [4] em 2015, que ainda tem como membros a agente Carter (protagonista da série de mesmo nome, lançada pela ABC – estúdio que pertence a Disney – e mostra Carter sendo a única agente mulher no final da década de 1940 e tentando conquistar seu lugar em meio a outros agentes homens) e Jéssica Jones (personagem da Marvel – a editora de quadrinhos pertence a Disney – e protagonista da série de mesmo nome lançada pela Netflix que conta a história de Jéssica, que sofre abuso sexual de um homem que tem o poder de controlar a mente e teve que conviver com o fardo de ter sido estuprada até ter coragem de ir atrás do homem que lhe causou esse trauma).

Assim, Rey não só despertou a força dos jedis para salvar a galáxia, como, também, despertou a força do poder feminino. E logo a Disney, que desde cedo “ensinou” que as mulheres deveriam ser princesas e esperar pelo Príncipe Encantado, agora passa a desconstruir a imagem da mulher frágil com protagonistas femininas fortes e independentes. Sinal dos tempos, a “força despertou”.

Por Matheus Freitas

Notas

[1] O termo easter egg significa ovo de páscoa, em inglês, mas também é o nome dado a segredos escondidos em filmes, séries, sites etc.

[2] São os guerreiros do Império e da Primeira Ordem. No tempo do Império eles eram clones, já durante a Primeira Ordem, os stormtrooper são pessoas capturadas quando crianças de diferentes plantes e treinadas para serem soldados da Primeira Ordem.

[3] Reboot significa “reinício” e normalmente é usada para caracterizar uma franquia que é trazida de volta, porém, com um novo elenco e, às vezes, com uma nova história.

[4] Em 2012, a Disney comprou a Lucasfilm, produtora de George Lucas (criador de Star Wars).

Nesta terça-feira estará sendo exibido e debatido o belíssimo e inteligente filme Nostalgia da Luz (Nostalgia de la Luz, França, Chile, Espanha, Alemanha, EUA, 2010, 90 min.. Diretor: Patricio Guzmán), no Auditório Maurício Berni, na Unisinos, às 19h30min.

O evento faz parte do CINEJUS: Direitos Humanos e Justiça de Transição  promovido pelo Grupo de Pesquisa lBioTecJusl Estudos Avançados em Direito, Tecnociência e Biopolítica em parceria com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

O filme, premiado internacionalmente, aproveita as condições geográficas para ilustrar o inóspito, o ermo, o olhar vago de cada parente dos presos políticos desaparecidos. O tempo todo, o deserto é colocado como manancial de revelações acerca do passado e isso se faz muito necessário, pois é a vertente mais imponente que o longa se propõe. A mudança de paradigma é ínfima, mas logo se nota que a razão pela qual o roteirista e diretor do longa, quiseram entre-por linhas de uma guerra civil com linhas de uma guerra estelar.

Vale lembrar que o deserto do Atacama foi local de trânsito dos povos nômades e de escravidão dos mineiros no século XIX, escondendo atualmente milhares de corpos de vítimas do regime ditatorial na década de 70. Simbolicamente, Guzmán concebe o paralelo entre fragmentos cósmicos e vestígios ósseos, petrificação natural e mumificação, e evolui para a associação maior entre vida e morte, o espaço e o tempo e sua famosa relatividade.

As Notícias do Dia, atualizadas diariamente na página do Instituto Humanitas Unisinos -IHU, no dia 03-03-2015,  reproduziu o pertinente comentário de Neusa Barbosa, crítica de cinema, sob o título “Nostalgia da luz. “Obrigatório”.

Os debatedores do filme, nesta noite de terça-feira, serão o Prof. Dr. Castor Bartolomé Ruiz – UNISINOS e o Prof. Dr. José Roque Junges – UNISINOS.

Nesta segunda-feira, às 19h30min, será exibido o filme Labirinto do Silêncio (Im Labyrinth des Schweigens, Alemanha, 2014, 123 min. Diretor: Giulio Ricciarelli).

Após a exibição o filme será debatido pela Profa. Dra. Jânia Maria Lopes Saldanha – UFSM.

A exibição e o debate serão no Auditório Maurício Berni – UNISINOS.

O filme de Giulio Ricciarelli retrata a forma como a sociedade alemã do pós-guerra lidou com os crimes do regime nazista. A ação do filme começa em 1958 em Frankfurt em plena fase de reconstrução após a guerra: um jovem procurador descobre documentos que permitem provar a responsabilidade de numerosos alemães nos crimes cometidos em Auschwitz. Mas a vontade de procurar a verdade sobre o passado não agrada a toda a gente. O grande tema do filme é o conflito entre as pessoas que querem esquecer o passado em nome da reconciliação nacional e as que exigem justiça.

A exibição e o debate fazem parte do CINEJUS: Direitos Humanos e Justiça de Transição  que consiste num ciclo de exibição de filmes, documentários e vídeos curtos promovido pelo Grupo de Pesquisa lBioTecJusl Estudos Avançados em Direito, Tecnociência e Biopolítica em parceria com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU, que busca aproximar o Direito e as artes cinematográficas, proporcionando um estudo crítico e multidisciplinar, pautando as diversas práticas de justiça em que a condição das vítimas que sofreram a injustiça é o referente ético, político e jurídico para pensar o justo.

A programação continua nos dias seguintes, ou seja, nos dias 1º, 2 e 3 de setembro.

Para ver a programação completa do evento clique aqui.

De quem foi a responsabilidade de tantos crimes cometidos por alemães em Auschwitz? Quem foi o autor do regime nazista? Essas respostas serão dadas durante a exibição e debate do filme Labirinto do Silêncio, no dia 31 de agosto, às 19h30min, no Auditório Maurício Berni, na Unisinos.

Foto: lethist.lautre.net

Foto: Wikipedia

No ano passado o italiano Giulio Ricciarelli (foto ao lado), dirigiu o filme Labirinto do Silêncio, que conta a história de um jovem procurador, na década de 50, que encontra documentos que provam tais crimes, revelando a divergência de ideias que havia entre as pessoas que desejavam esquecer o passado em nome da reconciliação nacional e aquelas que exigiam justiça no o ano de 1958, quando Frankfurt se encontrava em plena fase de reconstrução após a guerra.

Até o dia 03 de setembro serão exibidos mais três filmes como parte do evento intitulado CINEJUS: Direitos Humanos e Justiça de Transição. No primeiro encontro a debatedora é a professora Jânia Maria Lopes Saldanha, da Universidade Federal de Santa Maria. Saiba mais aqui.

O evento busca aproximar o Direito e as artes cinematográficas, proporcionando um estudo crítico e multidisciplinar, pautando as diversas práticas de justiça em que a condição das vítimas que sofreram a injustiça é o referente ético, político e jurídico para pensar o justo, refletindo assim sobre diversas práticas de justiça.

Por Nahiene Alves e Cristina Guerini

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