Evo Morales irrompeu como uma das grandes novidades no cenário político latinoamericano. Foi eleito presidente pelo voto popular por duas vezes: 2005 e 2009.
No poder comprou inúmeras brigas, entre elas, a nacionalização dos hidrocarbonetos (petróleo e gás) e a disputa separatista levada a cabo pela elite branca dos departamentos de Santa Cruz, Pando, Beni e Tarija. Nenhuma dessas disputas, entretanto, se assemelha em importância a denominada “refundação do país” com a promulgação da nova Constituição boliviana que define o país como um território plurinacional e pela primeira vez reconhece os direitos indígenas.
A identidade do governo de Evo Morales com a causa indígena e o Estado plurinacional, entretanto, foram colocadas em xeque nos últimos dias com a repressão à Oitava Marcha Índigena. Agora, a rejeição ao governo de Evo parte de grupos indígenas que sempre o apoiaram e já se escuta que “Evo Morales nunca foi indígena”. A indignação contra a brutal repressão à Marcha reuniu operários, indígenas, vizinhos do El Alto e estudantes e colocou em dúvidas a simbologia da mudança na figura de Evo Morales e seu Estado Plurinacional e pluriétnico.
A conjuntura dessa semana – publicada nas segundas no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU) – traz uma análise sobre esta crise sem precedente no governo de Evo Morales, que está com seu futuro político seriamente comprometido. Elaborada pelos colegas do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores – CEPAT em fina sintonia com o IHU, a conjuntura apresenta uma (re)leitura das ‘Notícias do Dia’ publicadas diariamente em nosso site. Não deixe de conferir!
Para ler mais:
- Sangria no governo de Evo
- Há um desencanto com o governo Evo Morales, afirma indigenista boliviano
- Bolívia. Obra divide país e ‘quebra encanto’ de Evo
- Índios bolivianos negam caráter eleitoral de ato
- ”Presidente e irmão Evo Morales, deve haver coerência entre o que dizemos e o que fazemos”