“O ano de 2012 foi regressivo quando olhado sob a perspectiva dos movimentos sociais. Na área socioambiental, econômica e política a agenda se fez mais de permanências e retrocessos do que avanços”. Assim começa a análise de conjuntura especial sobre o ano de 2012. O artigo foi elaborado pelo Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores – CEPAT, parceiro estratégico do Instituto Humanitas Unisinos – IHU e por Cesar Sanson, professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Um dos pontos destacados sobre o ano de 2012 é o descaso do governo com as questões ambientais. “As agendas ambiental e indígena não foram estratégicas no governo Dilma Rousseff e não se inserem no seu projeto de Nação. Não se viu, por parte do governo, iniciativas ousadas nessas áreas. Pelo contrário, a agenda governamental é reativa e subordinada aos setores conservadores, como se viu em questões como o Código Florestal, a matriz energética e mineral, a transposição do Rio São Francisco e a agenda indígena, entre outros”.
No âmbito socioeconômico, a análise aborda os dilemas da economia mundial e as respostas do governo brasileiro. O Brasil, “dentro do contexto da crise, seguiu diariamente pressionado pela tensa conjuntura mundial, tendo que tomar difíceis decisões, em curtos espaços de tempo, para resguardar a própria imagem que criou, a de que possui uma economia robusta, que se traduz na melhoria de vida da população“.
Por fim, a análise especial também trata do balanço político do ano de 2012: “O ano de 2012 na esfera política-institucional foi regressivo. Por um lado, confirmou o caráter conservador do governo Dilma Rousseff e, por outro, trouxe à tona fatos que empurraram o PT para uma crise sobre o seu devir no cenário político brasileiro.”
Confira os detalhes dessa análise lendo-a na íntegra.
Para ler mais:
- Conjuntura da Semana. Amazônia: A última fronteira de expansão do capitalismo brasileiro
Conjuntura da Semana. Governo Dilma Rousseff e a agenda socioambiental e indígena: Descaso, omissão e negligência
Conjuntura da Semana. O ‘Caso Rosemary’ e a esquerda que não tem medo de se nomear esquerda