Foi publicada na última semana uma entrevista com um assunto não comum no sítio do Instituto Humanitas Unisinos – IHU. A entrevista com Kátia Lopes sobre o jumento relatou uma situação pouco tratada na mídia e criou novas perspectivas para os leitores. Para a jornalista Graziela Wolfart foi assim. Leia, abaixo, o relato dela.
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“A profissão de jornalista, como todas, é cercada de desafios. E um deles é a exigência de uma postura aberta diante das pautas. No entanto, isso não é sempre fácil. Somos seres humanos, temos nossos valores, nossas concepções, e acabamos por nos armar de um preconceito ferrenho diante de algumas pautas, mesmo que não admitamos. O bacana é que a gente acaba mudando de opinião porque aprende mais sobre o que não sabia.
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Assim foi com a entrevista que fiz por telefone com a veterinária de MossoróRN, Kátia Lopes, sobre a exportação de jumentos do Nordeste brasileiro para a China. Quando recebi a pauta, pensei: ‘que absurdo fazer uma entrevista sobre jumentos! Com tantos temas mais interessantes sendo discutidos na atualidade, para que gastar tempo com uma bobagem dessas?’. Quebrei minha cara. Ao ouvir o emocionante relato de Kátia sobre o sofrimento desses animais que são tão importantes para a cultura e a história do povo nordestino, cheguei à conclusão de que aquele era um tema muito importante, que envolvia todo o debate sobre os testes com os animais, sobre os maus tratos e diversas questões envolvidas. Terminei a entrevista emocionada, passando a amar os jumentinhos, e a apoiar a causa a favor deles e de todos os animais vítimas de torturas e judiarias que o bicho homem se acha no direito de fazer.
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Ser jornalista também é reconhecer, diante da trajetória, que sempre temos o que aprender e que mudar de opinião é, muitas vezes, um bom caminho.”
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Confira a entrevista aqui.
Boa leitura!

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