“Concluído o segundo turno, o balanço preliminar das eleições municipais de 2012 começa a ser feito. Quais são as forças e lideranças políticas que saem ganhando e perdendo? Quais são os partidos que saem fortalecidos e fragilizados? Que cenários as eleições municipais prospectam para a disputa de 2014? As eleições de 2012 apresentaram alguma novidade do ponto de vista do comportamento eleitoral?” Visando responder a essas questões, os colegas do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores – CEPAT, com sede em Curitiba-PR, e Cesar Sanson, professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRNO, elaboraram a análise da Conjuntura da Semana com o balanço das eleições municipais de 2012.

Um dos pontos altos dessas eleições, foi a demonstração explícita de poder do ex-presidente Lula. “Os ‘postes’ de Lula, como são identificados Dilma e Haddad, aumentaram o cacife do ex-presidente e a fama do seu feeling em perceber e antecipar as expectativas do eleitorado”, analisam. Essas apostas de Lula revelam uma tendência que emerge agora nos debates: “o declínio dos ‘caciques’ na política e a necessidade da renovação geracional na política”.

A cientista política Maria Celina D’Araújo também partilha da avaliação de que a eleição deste ano deixou à mostra que o maior desafio dos partidos brasileiros para os próximos embates será o rejuvenescimento de seus quadros. Segundo ela, “o ex-presidente Lula percebeu a necessidade de renovação (…) e foi por isso que rifou lideranças tradicionais, como Marta Suplicy e o Aloizio Mercadante, e apostou no novo”.

“Outro nome vitorioso que emerge com as eleições municipais de 2012 é do governador de Pernambuco Eduardo Campos do PSB”, avaliam os parceiros estratégicos do IHU. Segundo os dados, o partido foi o que mais cresceu proporcionalmente em eleitores e prefeitos. “O PSB elegeu mais de 100 prefeitos além do que tinha eleito em 2008 e o seus novos prefeitos vão comandar o dobro de eleitores que foram eleitos para comandar há quatro anos. É o maior crescimento absoluto e proporcional entre todos os partidos”.

Leia sobre esse e outros aspectos das eleições municipais de 2012 na última Análise de Conjuntura publicada no sítio do IHU.

Uma resposta

  1. Christiano Fossari Fernandes disse:

    Análise correta, que nos indica estarmos com a democracia correndo risco. Hora de união em torno do povo e da nação brasileira.

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