Amazônia pede socorro

Em setembro 26, 2012 Comentar

“Bens comuns são transformados em mercadorias e apropriados privadamente. Benefícios privados, prejuízos públicos. No futuro restarão as crateras a céu aberto, testemunhas da desmedida do capital”, escrevem os colegas do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores – CEPAT e Cesar Sanson na Análise de Conjuntura dessa semana.

O assunto dessa semana é uma das maiores riquezas do planeta e do Brasil, a floresta Amazônica. Belo Monte, uma das maiores e mais polêmicas geradoras de energia, é só um pedaço do problema que vem enfrentando a região do rio Xingu. Agora surge um novo megaprojeto de um grupo canadense que pretende explorar o ouro, que “será instalado no mesmo lugar em que está sendo construída a usina hidrelétrica de Belo Monte. Não se trata de casualidade, o mega empreendimento necessitará de energia produzida pela usina”.

O impacto desses planos é global, mas quem sofre diretamente os efeitos são os indígenas. O governo, porém, argumenta o seguinte: “Não há nenhum problema de [o empreendimento] ser próximo a áreas que fazem fronteira com Terras Indígenas. O que não pode é ser dentro da reserva indígena”.

“O mesmo argumento usado para Belo Monte está sendo utilizado agora, o de que a obra não impacta a terra indígena porque não está dentro dela. Como é possível afirmar que não há impacto sobre a vida dos índios da Volta Grande com a diminuição de 80% da vazão do Rio Xingu e a subsequente instalação da maior mineração de ouro do País na mesma região?”, indaga Raul do Valle.

Para saber mais, leia a Análise de Conjuntura completa aqui.

Por Natália Scholz

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